Pretende-se que este blogue seja um espaço de partilha e de troca de opiniões. Seja bem-vindo/a! :)
domingo, 12 de agosto de 2012
sábado, 11 de agosto de 2012
Chavela Vargas - Piensa en mi
Adeus vulcão" foi desta forma que Pedro Almodover se despediu de Chavela Vargas, neste dia 5 de Agosto, data do seu falecimento. Um adeus sentido a um dos ícones do México, amiga e companheira de Frida Kalho, outra referência da cultura mexicana. Imperativo recordá-la. Nesta mesma data, em 1962 morria outra figura do nosso imaginário coletivo- Marilyn Monroe. Todas irreverentes e senhoras de seu destino.
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
domingo, 5 de agosto de 2012
sábado, 4 de agosto de 2012
E já lá vão 50 anos.
“Se eu tivesse cumprido todas as regras, eu nunca teria chegado a nenhum lugar lugar.” Marilyn Monroe
Morreu a mais bela mulher do mundo
tão bela que não só era assim bela
como mais que chamar-lhe marilyn
devíamos mas era reservar apenas para ela
o seco sóbrio simples nome de mulher
em vez de marilyn dizer mulher
Não havia no fundo em todo o mundo outra mulher
mas ingeriu demasiados barbitúricos
uma noite ao deitar-se quando se sentiu sozinha
ou suspeitou que tinha errado a vida
ela de quem a vida a bem dizer não era digna
e que exibia vida mesmo quando a suprimia
Não havia no mundo uma mulher mais bela mas
essa mulher um dia dispôs do direito
ao uso e ao abuso de ser bela
e decidiu de vez não mais o ser
nem doravante ser sequer mulher
O último dos rostos que mostrou era um rosto de dor
um rosto sem regresso mais que rosto mar
e toda a confusão e convulsão que nele possa caber
e toda a violência e voz que num restrito rosto
possa o máximo mar intensamente condensar
Tomou todos os tubos que tinha e não tinha
e disse à governanta não me acorde amanhã
estou cansada e necessito de dormir
estou cansada e é preciso eu descansar
Nunca ninguém foi tão amado como ela
nunca ninguém se viu envolto em semelhante escuridão
Era mulher era a mulher mais bela
mas não há coisa alguma que fazer se certo dia
a mão da solidão é pedra em nosso peito
Perto de marilyn havia aqueles comprimidos
seriam solução sentiu na mão a mãe
estava tão sozinha que pensou que a não amavam
que todos afinal a utilizavam
que viam por trás dela a mais comum imagem dela
a cara o corpo de mulher que urge adjectivar
mesmo que seja bela o adjectivo a empregar
que em vez de ver um todo se decida dissecar
analisar partir multiplicar em partes
Toda a mulher que era se sentiu toda sozinha
julgou que a não amavam todo o tempo como que parou
quis ser até ao fim coisa que mexe coisa viva
um segundo bastou foi só estender a mão
e então o tempo sim foi coisa que passou.
Ruy Belo
Morreu a mais bela mulher do mundo
tão bela que não só era assim bela
como mais que chamar-lhe marilyn
devíamos mas era reservar apenas para ela
o seco sóbrio simples nome de mulher
em vez de marilyn dizer mulher
Não havia no fundo em todo o mundo outra mulher
mas ingeriu demasiados barbitúricos
uma noite ao deitar-se quando se sentiu sozinha
ou suspeitou que tinha errado a vida
ela de quem a vida a bem dizer não era digna
e que exibia vida mesmo quando a suprimia
Não havia no mundo uma mulher mais bela mas
essa mulher um dia dispôs do direito
ao uso e ao abuso de ser bela
e decidiu de vez não mais o ser
nem doravante ser sequer mulher
O último dos rostos que mostrou era um rosto de dor
um rosto sem regresso mais que rosto mar
e toda a confusão e convulsão que nele possa caber
e toda a violência e voz que num restrito rosto
possa o máximo mar intensamente condensar
Tomou todos os tubos que tinha e não tinha
e disse à governanta não me acorde amanhã
estou cansada e necessito de dormir
estou cansada e é preciso eu descansar
Nunca ninguém foi tão amado como ela
nunca ninguém se viu envolto em semelhante escuridão
Era mulher era a mulher mais bela
mas não há coisa alguma que fazer se certo dia
a mão da solidão é pedra em nosso peito
Perto de marilyn havia aqueles comprimidos
seriam solução sentiu na mão a mãe
estava tão sozinha que pensou que a não amavam
que todos afinal a utilizavam
que viam por trás dela a mais comum imagem dela
a cara o corpo de mulher que urge adjectivar
mesmo que seja bela o adjectivo a empregar
que em vez de ver um todo se decida dissecar
analisar partir multiplicar em partes
Toda a mulher que era se sentiu toda sozinha
julgou que a não amavam todo o tempo como que parou
quis ser até ao fim coisa que mexe coisa viva
um segundo bastou foi só estender a mão
e então o tempo sim foi coisa que passou.
Ruy Belo
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Espaço
Debicas-me o ser
E regurgitas-me nos momentos de ausência.
Circundo em tua vida
Em movimentos ondulantes
Qual andorinha perdida!
O meu voo é alto quando me tocas
E perde-se quando a lembrança ecoa.
Desliza no rio a andorinha
E o seu toque é suave
Como que a despedir-sedo que já foi.
Perdeu o espaço e ficou...
Leonor LourençoFoto de meu filho Pedro Miguel
E regurgitas-me nos momentos de ausência.
Circundo em tua vida
Em movimentos ondulantes
Qual andorinha perdida!
O meu voo é alto quando me tocas
E perde-se quando a lembrança ecoa.
Desliza no rio a andorinha
E o seu toque é suave
Como que a despedir-sedo que já foi.
Perdeu o espaço e ficou...
Leonor LourençoFoto de meu filho Pedro Miguel
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